Mais que amigos.
– Oi.
– Oi né.
– O que foi?
– Nada.
– Acha mesmo que
vou acreditar que você está brava por nada?
– Não estou
brava.
– Ah, não? Então
porque saiu da minha casa tão rápido.
– Porque eu não
queria ficar lá.
– Mas por quê?
– Horas por
que... Você me mandou calar a boca e depois me chamou de idiota.
– Desculpe.
– Tarde demais
não acha?
– Não. Até
porque a culpa foi sua.
– Minha? Porque
a culpa foi minha?
– Porque você me
provocou.
– Eu não disse
nada demais.
– Você disse que
isso, essa mancha vermelha na sua boca tinha sido uma mordida.
– E daí?
– E daí, que eu
não gostei.
– Por quê?
– Por nada.
– Me diz por que
não gostou. Ficou com ciúmes?
Ele riu.
– Claro que não.
– E então?
– Eu estava
fazendo graça.
– Aham, sei.
– Serio.
– Não acredito.
– Acredite no
que quiser.
– ótimo. Era
isso? Então já vou.
– Espera.
– O que?
– Tá. Eu fiquei
com ciúmes.
– Porque não
disse logo?
– Porque eu não
deveria sentir ciúmes de você. Somos amigos, então...
Sorri.
– É, somos
amigos...
– É.
– Quer que eu
seja sincera?
– Sobre o que?
– Sobre você.
Antigamente... Quando não nos falávamos muito. Eu meio que gostava de você.
Ele sorriu.
– É, eu sei...
Estranho né?
–Não.
– Pois é.
– Mas, você
gostava?
– Sim.
– Quer dizer que
não gosta mais?
– Bom, somos
amigos não é? O que eu sinto por você é a mesma coisa que você sente por mim.
– Ah.
– Então, o que
sente por mim?
– Eu gosto de
você, sua idiota.
Nós rimos.
– Eu também.
– Mas de que
forma?
– Da mesma que a
sua.
– Mas eu gosto
de você de verdade.
– Eu também.
– Não só como
amigos.
– Ah, para de
tirar onda com a minha cara.
– Não estou.
– Você sempre
está.
– Não dessa vez.
– Então é serio?
– Sim.
Sorri novamente.
– Que bom.
Porque eu também.
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