Autora: Carol Rifka Brunt
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581633923
Ano: 2014
Páginas: 464
Classificação: ✰✰✰✰ (Muito bom)
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Fnac | Livraria Cultura
Há tempos não me surpreendia tanto com um livro como aconteceu durante a leitura de “Diga aos lobos que estou em casa”. O primeiro romance da escritora inglesa Carol Rifka Brunt é, sobretudo, uma história que traz a tona vários aprendizados esquecidos.
Começamos acompanhando June, uma menina de 14 anos que perde seu tio Finn para a AIDS, em 1987. Sua morte acaba se tornando devastadora, ao mesmo tempo em que abre brechas para algumas surpresas emocionantes. Seus pais não achavam que a garota era madura o suficiente para entender que sua morte havia sido causada pela doença, então June se encontra no escuro sobre o real motivo da partida precoce do tio. No funeral, avista um homem que é dito pela família como alguém com quem não podia conversar ou aproximar. Mas é claro que ela vai atrás do misterioso homem, Toby, afim de buscar informações sobre o seu tio.
Confesso que achei o começo um pouco monótono, mas deslancha depois de alguns capítulos e se torna uma leitura muito mais leve e charmosa. Apesar da sinopse vaga e aparentemente simples, o livro mergulha em discussões bem mais profundas e vai além da mesmice. A narrativa nos força a ver o mundo com os olhos de June, uma leitura bem mais sensível e bonita do mundo, tratando com delicadeza os questionamentos e sentimentos de uma menina como muitas outras, como qualquer uma de nós, leitoras e leitores.
Todos os personagens são bem trabalhados e se tornam, nem que por um breve momento, protagonistas de alguma situação. Me identifiquei profundamente com June e senti em mim todas as suas frustrações, alegrias e tristezas, amadurecendo com ela capítulo após capítulo. Além disso, a arte de capa e as diversas frases incríveis são alguns dos pontos motivadores de leitura.
No final das contas, “Diga aos lobos que estou em casa” é um daqueles livros que te pega de jeito e não te permite esquecer da história. Você se apega aos personagens, se identifica e chora com eles. Fortemente recomendado para os amantes de leitura Young Adult com aquelas pitadinhas de auto-descobrimento.
Enfim, eu gostei bastante e super indico.
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